tornada pública no início de Agosto, disponível no site da ADSE (aqui) para quem tiver paciência para ler e não ficar apenas pelos resumos saídos na imprensa.
tornada pública no início de Agosto, disponível no site da ADSE (aqui) para quem tiver paciência para ler e não ficar apenas pelos resumos saídos na imprensa.
Professor de Economia da Universidade Nova de Lisboa.
10 \10\+00:00 Agosto \10\+00:00 2016 às 19:06
Obrigado pela disponibilização do Relatório e por todo o seu trabalho
Saliento o cumprimento do prazo, cabendo agora ao Ministro decidir (embora me pareça que ele não tem pressa nenhuma em decidir…)
Estou de acordo com as conclusões e questões que são identificadas. Mesmo que ele fique na gaveta é trabalho importante que fica feito e que mais tarde pode vir a ser usado.
Diz no relatório que de certeza as despesas da ADSE irão aumentar. Concordo consigo e levanto uma questão :
Suponhamos ( no limite) que a iniciativa privada de prestadores de cuidados de saúde se organiza para dar resposta à ADSE e a prazo lhe oferece uma cobertura convencionada integral a todos os seus beneficiários que por ela vão optando mesmo sem opting out preferindo-a ao SNS. Isto tem duas consequências :
a) aumento brutal das despesas da ADSE
b) diminuição dos custos do SNS
Como compensar esta situação de opting out não pago?
Como compensar um País dois sistemas de saúde?
António Alvim
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11 \11\+00:00 Agosto \11\+00:00 2016 às 09:57
Tomando as duas perguntas:
Como compensar esta situação de opting out não pago? => não tem que ser compensado. Quem tem ADSE não deixa de ter SNS, pelo que há uma situação de dupla cobertura e não opting out. Em cada momento, o cidadão com ADSE pode optar pela cobertura que quiser. A ADSE está mais próxima de um plano de seguro de saúde adicional ao SNS do que de uma situação de opting out (que para existir tecnicamente teria de envolver uma transferência do SNS para a cobertura de seguro de saúde escolhida pelo cidadão).
Como compensar um País dois sistemas de saúde? => não são verdadeiramente dois sistemas de saúde porque a adesão à ADSE não é livre, nem existe a possibilidade de uma pessoa se excluir do SNS (sobretudo nas contribuições via impostos pagos). A pergunta deve ser lida como conseguir suportar financeiramente sucessivas “camadas” de protecção de seguro de saúde. A resposta é longa, e depende de como cada “camada” de seguro de saúde (público e privado) afecta a procura, a oferta, os custos de prestação e os preços dos serviços de saúde prestados.
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12 \12\+00:00 Agosto \12\+00:00 2016 às 17:06
As dias questões que pus foram num contexto em que a privada acaba por assumir a totalidade da resposta aos beneficiários da ADSE.-com melhor acessibilidade, melhores instalações e serviços, e taxas moderadoras mais baixas
A ADSE difere dos Seguros porque estes são seguros de saúde e não de doença (Os doentes estão limitados por plafonds e prazos, sendo excluidos quando estão doentes ou quando passam os 60 anos que é quando mais precisam)
A ADSE garante o pagamento da doença até ao infinito, logo os privados podem se organizar sem risco para oferecer a cobertura integral. Note-se que hoje em dia já dão boa resposta na área oncológica.
E se preferência pelos privados for massiva teremos um opting out de facto (embora unilateral)
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