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ainda as dívidas públicas na saúde (2)

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No início do mês (aqui) expressei a minha preocupação com o aumento em Janeiro de 2014 da dívida porque parecia retomar uma tendência passada. Com o valor de Fevereiro de 2014 publicado a 25 de Março pela Direcção-Geral do Orçamento, reforça-se a ideia de não ter existido uma alteração de tendência de crescimento da dívida do último ano.

Estatisticamente a tendência fora dos momentos de regularização dos últimos dois anos tem sido sempre a mesma. Ainda assim, mesmo que a hipótese de igualdade de tendência sobreviva, em termos de dinâmica parece fazer sentido contemplar um ritmo antes de 2013 e outro depois.

Calculando esses valores médios de acréscimo, o acréscimo absoluto de dívida em Janeiro e Fevereiro de 2014 não traduz qualquer abrandamento face a que sucedeu em 2013 fora do período de regularização de dívida, e esse ritmo é em média 34M€ por mês, ou seja, cerca de 400 euros por ano, o que sendo mais baixo do que pareceu ser o ritmo antes de 2011 (500M€ ao ano, numa estimativa simples), e mais baixo do que o ritmo mensal dos primeiros meses de 2012 (cerca de 80M€/mês), é ainda susceptível de criar problemas sérios à sustentabilidade financeira do SNS.

Segue o gráfico da minha preocupação, tendo logo depois a regressão realizada; em 23 de Abril de 2014, será adicionado o valor de 2014 a ver se se mantém a tendência.

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Autor: Pedro Pita Barros, professor na Nova SBE

Professor de Economia da Universidade Nova de Lisboa.

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