mais precisamente em Darwin, encontra-se a empresa/aventura de um brasileiro, o Ricardo, que depois de ter feito os seus estudos e trabalhado em marketing decidiu partir “à procura de si mesmo”. Acabou a fundar uma empresa que recicla materiais de lona usados nos “comboios de atrelados” (road trains, no termo original) que circulam pelas estradas desertas da Austrália.
Não se limitam a reciclar, mas incorporam design e funcionalidade nas peças que fabricam, e vendem-nas em mercados e feira. A foto que se segue é do mercado na praia de Mindil, onde duas vezes por semana se faz festa para ver o pôr do sol (o que é também um bom exemplo de como gerar receitas locais com base no turismo).
Demorou dois anos a passar da ideia ao “mercado”, com vários testes pelo caminho para desenvolver o conceito e perceber o que as pessoas estão dispostas a adquirir, não por ser reciclado mas pelo design e apesar de ser material reciclado.
A empresa chama-se afroblonde, e vale a pena uma visita. Não sei se vende apenas a turistas, mas segundo quem viu, é fácil encontrar nas cabeças que passeiam por Darwin os chapéus criados por esta “aventura”, e que não são baratos em valor absoluto e por comparação com os tradicionais chapéus australianos.