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Observatório mensal da dívida dos hospitais EPE, segundo a execução orçamental (nº 20 – Dezembro 2015)

Mesmo a fechar o ano, não podia faltar o número de Dezembro deste Observatório informal sobre a dívida dos Hospitais EPE, com curiosidade de perceber se a mudança política trazida pelas eleições de Outubro de 2015 se traduziram nalguma modificação de comportamento. Com a divulgação de execução orçamental relativa a Novembro, faz-se a cobertura do período de transição entre o final do primeiro Governo liderado por Passos Coelho e a tomada de posse de António Costa. Assim, qualquer efeito que se possa encontrar estará associado com essa transição apenas. Em Outubro e Novembro de 2015 ocorre um aumento da dívida dos Hospitais EPE, em sentido contrário ao que vinha a ser a tendência desde praticamente o início do ano. O aumento não é porém ainda suficientemente forte para que se possa falar numa inversão de tendência em sentido estatístico do termo.

A preocupação com uma possível inversão de tendência terá que esperar ainda alguns meses. A execução orçamental do mês de Dezembro (que será conhecida no final de Janeiro de 2016) provavelmente beneficiará de efeitos de fim de ano em termos de descontos e paybacks de acordos que existam. E dependendo do que venham a ser os orçamentos definidos para os hospitais pelo novo Governo, os valores de Janeiro poderão vir a ser pouco informativos. A informação pública, a menos de algum efeito muito forte que venha a existir, durante os próximos meses será assim mais difícil de interpretar.

A habitual Figura com as linhas de tendência e a respectiva regressão de suporte podem ser comparadas com os do mês anterior, para se ver a atenuação da linha de tendência de descida (que permanece como não rejeitando a hipótese de estabilidade como possibilidade – coeficiente de declive não é estatisticamente distinto de zero), que passou de -14M€/mês para -12M €/mês.

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Observatório mensal da dívida dos hospitais EPE, segundo a execução orçamental (nº 17 – Setembro 2015)

Os valores da execução orçamental referentes a Agosto de 2015 têm um valor mais baixo da dívida dos hospitais EPE (gráfico 1). A evolução descendente do último mês mais do que compensou a tendência de subida anterior. O valor do mês de Julho estava acima do que seria previsível pela tendência de descida, e o de Agosto ficou abaixo. Em termos de valores tendenciais, não se rejeita que a evolução verificada no final do Verão de 2014 seja similar à que ocorre desde abril, com um ritmo de descida que tem uma estimativa pontual de -9 milhões de euros por mês, embora não a variação que tem tido não exclua que seja nula em média (por conta dos dois meses de acréscimo que estão incluídos neste período). Apesar de tudo, o ano de 2015 teve, neste campo das dívidas dos hospitais EPE, uma evolução global mais favorável que o ano de 2014. Resta saber o papel que os diferentes reforços financeiros foram tendo, uma vez que sendo realizados de forma mais suave e sob diferentes nomes tiveram também um efeito mais diluído. A hipótese alternativa é que se começam a ver mudanças reais neste campo. Com a informação que tenho disponível não é possível fazer uma escolha entre as duas interpretações.

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Gráfico 1

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Gráfico 2

Gráfico 3

Gráfico 3