Retomo hoje o que pretendia que fosse um hábito de introduzir o motivo da crónica TSF da semana. No caso de hoje, o tema foram os prémios dados a alguns trabalhadores da TAP. Por ter estado fora uns dias, quando cheguei fui surpreendido pelo assunto, que incluía já chamada de gestores ao ministro, e uma tentação de sermos “microgestores” da TAP olhando para os prémios. Se cada um pode fazer julgamentos sobre os méritos, ou falta deles, dos prémios atribuídos, e numa empresa com maioria de capital público mas gestão privada, pareceu-me razoável pensar se o acionista público deveria ter essa posição. Este foi o ponto de partida, e daqui dois elementos me pareceram relevantes para destaque: por um lado, não sabemos que objetivos do acionista público foram transmitidos à gestão da TAP e que limitações (não ter prejuízos? por exemplo); por outro lado, a serem corretas, houve posições dos representantes do estado, transformadas em decisões, que depois não foram respeitadas pela gestão executiva (no que me parece ser um mau sinal para o futuro). Os prémios atribuídos podem parecer estranhos, até podem ser justificados internamento por contratos ou por decisões de gestão, mas há mais motivos para olharmos para a gestão da TAP para lá dos prémios.
A crónica está disponível aqui.
10 \10\+00:00 Junho \10\+00:00 2019 às 10:17
E sobre o mesmo tema, este artigo da Helena Garrido: https://observador.pt/opiniao/tap-a-nacionalizacao-das-perdas-e-privatizacao-dos-lucros/
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