Cap. 4: A preparação da adesão de Portugal
O ponto de maior destaque no relato da preparação da adesão de Portugal ao euro é da “carpintaria financeira”, em particular o papel das parcerias público-privadas como forma de “endividamento público encapotado” (também facilitado pela sua opacidade política e técnica, acrescento). Nos outros dois aspectos focados, nível da taxa de câmbio e défice público (equilíbrio das contas públicas), a posição de Pedro Braz Teixeira é simples – a taxa de câmbio fixada entre o euro e o escudo era adequada face à informação disponível no momento da decisão, e nas contas públicas desaproveitou-se a descida da taxa de juro para dar “folga” às contas públicas em lugar de realizar despesa com a poupança de juros (e sobretudo despesa sem efeitos reprodutivos na economia).