para Oliver Hart e Bengt Holmstrom (press release aqui). Um bem merecido prémio pelo desenvolvimento da chamada “teoria de contratos”, em condições de informação imperfeita e de assimetria de informação. Se Holmstrom alargou a nossa visão de como se estabelecem contratos em condições de informação imperfeita e de como criar incentivos com esses contratos, Hart introduziu a ideia de contratos incompletos (no sentido em que não conseguem especificar todas as contingências relevantes de um contrato) e a relevância de ter especificados os direitos residuais de controle.
Um prémio bem merecido e com imensas aplicações no sector da saúde: a relação de delegação entre doentes e médicos para decisão de tratamento é o tipo de relação analisada por Holmstrom; o estabelecimento de contratos de parceria público-privadas é o tipo de contratos que usa ou devia usar os ensinamentos de Hart.
É uma boa atribuição do prémio Nobel, e completa de alguma forma o Nobel de Jean Tirole há dois anos, no sentido de premiar os avanços em teoria microeconómica.