Os resultados da execução orçamental divulgados em junho, referentes a maio, podem ser resumidos numa velha expressão: plus ça change, plus c’est la même chose.
A evolução referente ao mês de maio vem mostrar que a descida da dívida dos hospitais EPE ocorrida no mês anterior foi meramente pontual. O valor do mês de maio recupera essa queda de abril, e recoloca o valor total na mesma tendência de subida. Esta tendência tem assim um “período de vida” de 10 meses e mostra uma vez mais como efeitos pontuais (de descontos de final de ano, por exemplo) não afectam uma tendência mais permanente e que acaba por vir ao cima.
Em termos estatísticos, não se rejeita a possibilidade de a tendência de subida da dívida dos hospitais EPE que se está a verificar desde o final do Verão do ano passado ser igual à que existiu em 2013, 2014 e durante parte de 2015 (três meses), registando como valor médio de subida mensal de 29 milhões de euros.
O crescimento médio em valor absoluto só desde Setembro de 2015 foi de 20 milhões de euros por mês, embora a variabilidade de mês para mês não permita eliminar a possibilidade de pertencer à mesma tendência dos meses de crescimento da dívida dos últimos 4 anos.
Assim, deve haver neste momento preocupação em perceber o que está subjacente a esta subida da dívida, e que acções estão, ou deverão, ser tomadas para evitar este crescimento. É um problema ainda por resolver.
3 \03\+00:00 Julho \03\+00:00 2016 às 16:05
Desculpe-me uma nota fora do tema mas, ainda assim, relacionado com a saúde em Portugal.
Coloquei aqui
http://aliastu.blogspot.pt/2016/07/aqui-ha-gato.html
um apontamento sobre uma notícia publicada no DN sobre a carga horária de alguns médicos no SNS.
Estou errado?
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