Prevenção – não poderia faltar num programa eleitoral a habitual “aposta na prevenção” (com esta ou outra formulação) Vai-se depois a ver e o que se propõe é em termos de orçamento, e não por objectivos – o objectivo da prevenção é … prevenir… prevenir é evitar … evitar é não acontecer, o objectivo é então fazer com que não aconteça, pagamento por objectivos (ver o post anterior) é então pagar por algo que não aconteça, o que implica medir o que não aconteceu… ou então fixa-se um orçamento para prevenção (paga-se o processo) e deixa-se de lado o princípio enunciado…
Ora, parece-me razoável exigir que haja coerência interna das propostas feitas (e este não é um problema apenas da coligação PàF), pois o arrumar de termos da moda, no que é quase um bingo de buzzwords (mais uma para o bingo), normalmente significa ausência de pensamento concreto sobre o que fazer.
Ou seja, há ainda aqui muito trabalho de concretização de pensamento a fazer, e tenho a sensação que não será durante a campanha eleitoral que essa clarificação será feita. Até porque na verdade não se encontra, regra geral, muito pensamento estruturado, cá e lá fora, sobre qual a melhor forma de pagar e medir os resultados de prevenção (acaba-se sempre por pagar “processo”).