a argumentar que devemos ter a ambição de pensar o longo prazo, aqui, e para completar, com o relatório Gulbenkian (para quem ainda não o tenha lido, resumo e versão completa).
a argumentar que devemos ter a ambição de pensar o longo prazo, aqui, e para completar, com o relatório Gulbenkian (para quem ainda não o tenha lido, resumo e versão completa).
Professor de Economia da Universidade Nova de Lisboa.
12 \12\+00:00 Fevereiro \12\+00:00 2015 às 12:44
“Está na altura de olhar para o futuro do Serviço Nacional de Saúde. O ponto de partida é, obviamente, a vontade da sociedade portuguesa de manter o SNS como elemento central do sistema de saúde. Para corresponder a essa expectativa, o SNS tem de vencer desafios mais imediatos e desafios a longo prazo.”
Sintetizas bem o Grande tema; mas a arrumação, se me permites, para envolvimento transversal e a partir do cidadão, deverá ser simplesmente um triângulo : 1-como manter a disponibilidade e qualidade por segmentos de doentes (o tema da referenciação tem de ser revisitado em profundidade e apoiado em métodos baseados em SI simples e que funcionem). 2- Como melhorar a produtividade integrada entre Social e Saúde em que cuidados primários, hospitalares, continuados e lares sejam vistos como um todo e não como uma montanha de pequenos montes. 3-Como explicar o tema da “rentabilidade/sustentabilidade” tendo em conta o peso da inovação e da articulação entre Administração Central e Local, Publico e Privado e Social com e sem voluntariado.
Falar sempre do curto prazo (é pra manhã como cantava o Variações é sempre e só musica sazonal) e apontar sempre o longo prazo sem quantificação de ganhos em saúde cheira muito a “marketing do Paraíso”. Daí que o Plano Nacional de saúde devesse ser um doc articulável com outras áreas de governação para além da Saúde, em especial educação e segurança social. E Finanças Públicas 🙂
GostarGostar
13 \13\+00:00 Fevereiro \13\+00:00 2015 às 09:57
Concordo com o teu triângulo. E um comentário e uma clarificação.
No teu vértice 3, precisamos de cuidar de ter regras claras de entrada/saída, para que em haja capacidade de evolução a condições que mudam. Evitar ter uma “Administração Central e Local, Publico e Privado e Social com e sem voluntariado” que pretende a sua fatia de orçamento do SNS apenas por existir.
Clarificação do meu “marketing do Paraíso” com um exemplo do contrário ao que expresso: quando se fala em reabrir camas e contratar pessoal em resposta a uma crise de procura pontual – são esses recursos necessários em funcionamento normal da instituição? se sim, a contratação corresponde a uma visão de longo prazo; se não, e a contratação serve apenas para dar resposta a um pico imediato e para sossegar a imprensa e a opinião pública, tem-se a visão de curto prazo a criar problemas futuros (se as contratações são permanentes, vai-se ficar com uma estrutura desequilibrada quando passar o pico de procura, se são temporárias vai-se ter o descontentamento profissional quando forem dispensados). E neste caso não precisei de ganhos em saúde – há uma parte de organização da oferta de cuidados que deve ser pensada na forma como lida com a incerteza da procura (do que lhe aparece à frente para tratar).
GostarGostar
7 \07\+00:00 Março \07\+00:00 2015 às 15:21
Estive na apresentação do relatório e devo dizer que saí positivamente surpreendido. Este relatório é hoje apresentado aos meus alunos como leitura suplementar. Gostaria contudo de ver explorado o tema das terapêuticas não convencionais no âmbito das mudanças de paradigma ali preconizadas.
GostarGostar