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sobre a utilização de cuidados de saúde (8), 2012 vs 2014

1 Comentário

O aspecto final desta série de posts utilizando as respostas às perguntas sobre utilização de urgências respeita aos valores pagos pelos cidadãos no momento de utilização (as famosas taxas moderadoras). E aqui temos que entre 2012 (valores sobretudo antes do aumento das taxas moderadoras) e 2014 aparenta ocorrer uma situação de maior dispersão. Com a duplicação dos valores das taxas moderadoras é inevitável que o valor médio pago aumente. O número de pessoas isentas (nesta muito pequena amostra) manteve-se praticamente idêntico (aumentou 3 pontos percentuais, 2 pessoas em quase sessenta inquiridos em cada um dos anos). A maioria dos restantes viu duplicar (ou mais) os pagamentos realizados. A baixa proporção de pessoas isentas nesta amostra é sobretudo sinal de não ser representativa da população em geral. Mostra também que um número razoável de pessoas pagou em taxas moderadoras no último episódio um valor superior ao do atendimento apenas, pelo que haverá aqui um peso médio da taxa moderadora sobre a população não isenta que é já considerável. A partir destes valores não se consegue afirmar muito sobre alterações de comportamento de utilização de cuidados de saúde ditados pelos valores das taxas moderadoras, o que ficará para outras análises.

A terminar, um agradecimento às pessoas que anonimamente colaboraram com esta pequena experiência de recolha de informação online, que apesar de tudo deixa, a meu ver, algumas ideias que podem ser exploradas de forma mais sistemática.

2012:
2014:Screen Shot 2014-03-26 at 18.44.13

 

Screen Shot 2014-03-26 at 19.17.29

Autor: Pedro Pita Barros, professor na Nova SBE

Professor de Economia da Universidade Nova de Lisboa.

One thought on “sobre a utilização de cuidados de saúde (8), 2012 vs 2014

  1. apesar de não ser o objecto do estudo sugiro para uma proxima analise mostrar como o não se apresentar ao cidadão individual os reais custos que os portugueses suportam (muito acima de outros europeus bem mais ricos) com os custos de saude, contribuem para manter anormalmente alto, desde consultas e outros serviços com unica vantagem para classes que se protegem debaixo do chapeu protector da Brigada das Colheres a volta do tacho publico. A transparencia falta e os incautos claro apagam as favas sem terem informaçãoque os alerte.

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