Excelente entrevista de Fernando Pinto hoje no Jornal de Negócios, a preparar a privatização da TAP. Aproveita para esclarecer qual o rumo estratégico que a empresa deve ter, e como se assegura a paz social na empresa numa altura de cortes salariais generalizados e privatização à vista, combinação potencialmente explosiva. Sem necessidade de estar sempre sob as luzes mediáticas, são geralmente intervenções inteligentes. Elementos a ter conta para a privatização:
– quem ganhar a privatização deve ter um compromisso de manter o hub para o Atlântico Sul em Lisboa, que é por si rentável;
– quem ganhar vai ter que estar preocupado com a crescente procura de pilotos na Ásia e são uma ameaça à capacidade operacional da TAP;
– quem ganhar vai receber uma empresa com níveis de eficiência comparáveis às outras empresas de aviação
– quem ganhar vai ter acesso a operações de manutenção com reputação internacional
Inteligente a apontar todos os pontos fortes da empresa, sem valorizar em excesso os mais negativos (compromissos com os sindicatos, regras comunitárias de máximo de capital extra-comunitário).
Além do mais, mesmo estando provavelmente em fim de ciclo na TAP, é aparente o seu profissionalismo, em que estabelece a sua mensagem sem recorrer a ameaças ou “gritaria mediática”. Se lhe for deixada margem para ajudar a decidir a privatização da TAP será certamente um processo que começa e termina da melhor forma para a companhia.
27 \27\+00:00 Março \27\+00:00 2012 às 12:55
Inteligência e discernimento aliado a muita, muita competência.
No entanto tenho muitas duvidas que seja uma boa ideia, não seria melhor livrar a empresa de toda a ganga que a tolhe.
Parece-me que não se está em pensar em termos estratégicos, só em receber dinheiro!
GostarGostar