Momentos económicos… e não só

About economics in general, health economics most of the time


1 Comentário

cronyism, ou “new jobs for the faithful”, a história repete-se?

Com o aproximar do momento eleitoral de 2015, as eleições legislativas, o “eleitoralismo” irá estar à espreita nos dois lados – Governo e oposição. Um dos aspectos desse eleitoralismo é a colocação de pessoas próximas em lugares de nomeação do Estado. Antes das eleições de 2011, Pedro Martins dedicou algum do seu tempo de investigação a procurar padrões sistemáticos nas contratações de empresas públicas:

“Politicians can use the public sector to give jobs to cronies, at the expense of the efficiency of those organisations and general welfare. Motivated by a simple model of cronyism that predicts spikes in appointments to state-owned firms near elections, we regress 1980-2008 monthly hirings across all state-owned Portuguese firms on the country’s political cycle. In most specifications, we also consider private-sector firms as a control group. Consistent with the model, we find that public-sector appointments increase significantly over the months just before a new government takes office. Hirings also increase considerably just after elections but only if the new government is of a different political colour than its predecessor. These results also hold when conducting the analysis separately at different industries and most job levels, including less skilled positions. We find our evidence to be consistent with cronyism and politically-induced misallocation of public resources.” (ver aqui o paper original).

Este artigo do Pedro Martins foi comentado por Alvaro Santos Pereira no blog theportugueseeconomy, sendo que poucos meses depois seriam este último ministro, e o primeiro secretário de estado.

Falta saber se nos meses que antecederam as eleições de 2011, e depois das mesmas com mudança do sentido político do Governo, se verificou efeito similar, e devemos observar se o mesmo se começa a fazer sentir conforme nos aproximamos das próximas eleições legislativas. Será que houve aqui alguma mudança de tradição portuguesa? Que houve uma reforma da actuação do Estado? e se sim, se começou no anterior governo, neste ou em nenhum deles.