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Conferência dos 25 anos do CNECV

Decorreu ontem a conferência comemorativa dos 25 anos do Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida. Teve momentos de memória e momentos de antecipação dos desafios que vão surgir neste campo. A apresentação das experiências sueca e inglesa ilustrou também como as respostas das sociedades a estes desafios dependem dos respectivos valores (o que leva à necessidade de os conhecer) e de como é necessário ultrapassar a tentação de usar primeiras impressões (ou generalizações a partir de uma caso) para conhecer regularidades também nestas questões.

Destaco, com base em meras preferências pessoais (e portanto faltando a tal regularidade de observações), três pontos de especial interesse que com grande probabilidade irão surgir nas discussões futuras.

Primeiro, dispositivos robóticos e acompanhamento (supervisão) dos idosos. A propósito, o representante do conselho sueco referiu que a respectiva posição aponta para que cada dispositivo tenha de ser eticamente avaliado (incluindo as dimensões de consentimento, preferências individuais e informação potencialmente sensível que seja recolhida).

Segundo, a medicina personalizada ou, como começa a ser mais corretamente referenciada, medicina de precisão.

Terceiro, as intervenções, mais ou menos invasivas, que se direcionam para o aumentar das capacidades do cérebro humano (interessante o pequeno vídeo apresentado por Rui Costa sobre a estrutura do cérebro humano).

Na intervenção de encerramento, Paulo Macedo deixou no ar uma questão genérica, sobre a necessidade e oportunidade de ter um valor monetário para os anos de vida ajustados da qualidade (conhecidos como QALY quality adjusted life years) em Portugal.