Ano novo, vida nova? ainda não, pelo menos no que diz respeito às dívidas (pagamentos em atraso) dos hospitais EPE. Com a divulgação da execução orçamental referente ao primeiro mês do ano, encontra-se uma subida da dívida em 47 milhões de euros. Ao mesmo tempo que estes valores são divulgados, há o anúncio de mais verbas disponíveis para regularizar estas dívidas (282 milhões de euros), mas com critérios baseados em boa gestão para a sua distribuição (ou pelo menos para parte dela). Teremos que ver se esta nova abordagem consegue produzir resultados.
De momento, a única coisa que se pode dizer é que depois da habitual regularização e injeção de verbas no último mês do ano, o ritmo no primeiro mês de 2019 não está diferente, em sentido estatístico, do que foi observado desde finais de 2015 (com excepção de um período em que as dívidas ainda cresceram mais rapidamente). Com o aproximar do fim da legislatura poderá haver uma menor pressão para o desempenho financeiro dos hospitais acompanhar as verbas disponíveis, por isso não é de excluir que se venha a assistir a um aumento dos pagamentos em atraso, sobretudo se as sondagens não atribuirem grande probabilidade a uma maioria absoluta do PS.
Assim, este ano terá também a nota particular de ter várias eleições, que podem influenciar despesas e receitas também nos hospitais EPE e com isso afectar os pagamentos em atraso e seu crescimento.
Seguem-se as habituais figuras com a regressão base (a mostrar que a tendência incluindo o mês de janeiro de 2019 está no crescimento de 43,5 milhões de euros/mês em média), e com a figura correspondente.