Com algum atraso devido à época festiva (apesar da Direcção Geral do Orçamento ter disponibilizado a informação na data prevista), a actualização do observatório da dívida dos hospitais EPE não traz novidade. Apesar de a dívida ter baixado 1 milhão de euros em Novembro face ao mês anterior, como tinha acelerado recentemente o crescimento, e sendo apenas um mês, não há variação grande na estimativa do ritmo histórico de crescimento da dívida dos hospitais EPE.
É de prever que a divulgação do valor de Janeiro traga uma redução, por via dos descontos de fim de ano, nomeadamente da indústria farmacêutica. Mas teria que ser uma redução muito grande (cerca de 205 milhões de euros) para gerar um valor global de dívida no final de 2016 inferior ao de 2015. Mas mesmo que esse valor fosse conseguido, se resultasse de medidas extraordinárias, como houve no passado, não resolveria o problema de fundo.
Seguem-se os gráficos habituais, mostrando o primeiro como o valor de Novembro de 2016 está em linha com a tendência observada desde Agosto de 2015 (e que tem um ritmo mensal de crescimento similar ao que sucedeu em geral desde 2012), e mostrando o segundo um ritmo mensal de crescimento de 28,2 milhões de euros/mês (em comparação com os 28,8 milhões de euros/mês que eram a estimativa na edição anterior deste Observatório).
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