Não é meu costume responder a ataques com motivações políticas, mas por esta vez abro uma excepção.
Por duas razões. Primeiro, para informar João Semedo do que ele não sabe, e do triste que é criar processos de intenções nos outros. Segundo, porque não há de facto nada a esconder, e se João Semedo quisesse realmente conhecer a situação em vez de a aproveitar para jogos políticos inconsequentes, e tivesse perguntado um pouco mais, talvez todos tirássemos mais benefício da sua atenção.
É verdade que o Ministro da Saúde me nomeou para presidir a uma Comissão para apresentar propostas de evolução da ADSE.
O trabalho realizado por essa Comissão ainda agora se inicia, e é menorizar os restantes membros da Comissão sugerir
que tudo ficará condicionado ao que o presidente quiser. Ademais, haverá clareza nos trabalhos da Comissão, com consulta pública do relatório que vier a ser produzido, e sua (eventual) revisão face a essa consulta pública. Espero que a presteza de atenção de João Semedo a criticar lhe permita também fazer uma análise técnica do que vier a constar desse documento. De outro modo, ficará apenas a tristeza da critica pela crítica. Conforme consta do despacho de nomeação da Comissão, o exercício desta função é não remunerada.
É verdade que o Reitor da Universidade Nova de Lisboa me nomeou para pertencer ao conselho directivo do consórcio TANK – Tagus Academic Network for Knowledge, que é criado em conjunto com a José de Mello Saúde. Não é uma parceria público – privada, e sim uma parceria para potenciar o ensino e a investigação em diferentes áreas (medicina, direito, gestão, engenharia, entre outros). Tem o mesmo espirito de outras parcerias de outras Universidades públicas. Esta posição surge por inerência da minha situação de vice-reitor na Universidade Nova de Lisboa. A presidência do conselho directivo do consórcio TANK tem a duração de um ano e é não remunerada (isto é, faz parte das minhas funções oficiais na Universidade). A minha presença é de representação da Universidade Nova de Lisboa. Não há qualquer função de gestão no grupo José de Mello Saúde.
Compreendo que seja tentador encontrar conspirações em todo o lado, até para ter textos citados nos media. Neste caso, gostaria que João Semedo visse primeiro o resultados dos trabalhos da Comissão, e falasse depois. Prefiro ser avaliado nos méritos do trabalho desenvolvido, e espero por isso honestidade de quem criticar quando vir os resultados do trabalho realizado pela Comissão.
Claro que pode haver aqui outras intenções, mas não tendo sido declaradas por João Semedo, não vou imputar qualquer outra que não seja a reacção de quem procurou o pior dos mundos nestas duas situações. E não deixo de ficar surpreendido com a atenção que João Semedo me dedica, uma vez que não sou, nem pretendo ser, político no activo.
É verdade que o Ministro da Saúde me nomeou para presidir a uma Comissão para apresentar propostas de evolução da ADSE.
O trabalho realizado por essa Comissão ainda agora se inicia, e é menorizar os restantes membros da Comissão sugerir
que tudo ficará condicionado ao que o presidente quiser. Ademais, haverá clareza nos trabalhos da Comissão, com consulta pública do relatório que vier a ser produzido, e sua (eventual) revisão face a essa consulta pública. Espero que a presteza de atenção de João Semedo a criticar lhe permita também fazer uma análise técnica do que vier a constar desse documento. De outro modo, ficará apenas a tristeza da critica pela crítica. Conforme consta do despacho de nomeação da Comissão, o exercício desta função é não remunerada.
É verdade que o Reitor da Universidade Nova de Lisboa me nomeou para pertencer ao conselho directivo do consórcio TANK – Tagus Academic Network for Knowledge, que é criado em conjunto com a José de Mello Saúde. Não é uma parceria público – privada, e sim uma parceria para potenciar o ensino e a investigação em diferentes áreas (medicina, direito, gestão, engenharia, entre outros). Tem o mesmo espirito de outras parcerias de outras Universidades públicas. Esta posição surge por inerência da minha situação de vice-reitor na Universidade Nova de Lisboa. A presidência do conselho directivo do consórcio TANK tem a duração de um ano e é não remunerada (isto é, faz parte das minhas funções oficiais na Universidade). A minha presença é de representação da Universidade Nova de Lisboa. Não há qualquer função de gestão no grupo José de Mello Saúde.
Compreendo que seja tentador encontrar conspirações em todo o lado, até para ter textos citados nos media. Neste caso, gostaria que João Semedo visse primeiro o resultados dos trabalhos da Comissão, e falasse depois. Prefiro ser avaliado nos méritos do trabalho desenvolvido, e espero por isso honestidade de quem criticar quando vir os resultados do trabalho realizado pela Comissão.
Claro que pode haver aqui outras intenções, mas não tendo sido declaradas por João Semedo, não vou imputar qualquer outra que não seja a reacção de quem procurou o pior dos mundos nestas duas situações. E não deixo de ficar surpreendido com a atenção que João Semedo me dedica, uma vez que não sou, nem pretendo ser, político no activo.
6 \06\+00:00 Março \06\+00:00 2016 às 22:48
Mas não surpreende sr. Prof., mas este é o perigo da demagogia
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6 \06\+00:00 Março \06\+00:00 2016 às 23:05
Estimado Professor, aplique a inteligência emocional, baseada na sua experiência e competência que lhe reconheço. Peça ajuda a quem o pretende criticar. Aliás, deve ser esse o problema de algumas pessoas que não o conhecem verdadeiramente. Trata-se de um projeto que talvez deva ter alguns obstáculos pelo caminho ou por falta de informação e dados disponíveis, ou em alternativa, existir informação a mais mas pouco relevante para o resultado final. Tal como no Estudo “Interoperabilidade na Saúde” que ficou na gaveta, nem sempre é fácil reunir as competências necessárias sem entrarmos em conflitos pouco eficazes. Bom trabalho.
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6 \06\+00:00 Março \06\+00:00 2016 às 23:08
Gosto da tua resposta Se(m) medo 🙂
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6 \06\+00:00 Março \06\+00:00 2016 às 23:43
Dois breves esclarecimentos.
O primeiro, diretamente ao próprio Pita Barros, para lhe dizer que não lhe dedico qualquer atenção especial, lamento informá-lo mas não o considero o centro do mundo. O que escrevi vai direitinho para o ministro que o nomeou.
O segundo, dirigido a todos os que nos lerem, para sublinhar que não há nas minhas palavras qualquer desinformação ou conspiração: tudo o que disse está confirmado no post de Pita Barros e reafirmo que estamos perante um claro conflito de interesses contrário às boas regras da administração pública. Este é que é o ponto, olimpicamente ignorado pelo prof. Pita Barros.
joão semedo
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7 \07\+00:00 Março \07\+00:00 2016 às 00:03
Caro João Semedo,
Já percebemos o seu ponto e também já constatámos que todos os seus argumentos acabaram de ser desmontados no artigo acima. Para quê a cassete? Acha que por colocar um comentário a repetir o que insinuou no seu facebook o que disse acaba por se tornar mais verdade?
Já agora, acho interessante referir que o professor não é o “centro do mundo” quando no seu artigo refere quatro vezes o nome “Pita Barros”, enquanto que o real destinatário do artigo (o sr. ministro) só é referido uma vez. Existem melhores maneiras de atacar um ministro do que tentando passar por cima de um académico de renome e provas dadas.
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7 \07\+00:00 Março \07\+00:00 2016 às 09:20
Bom dia Prof. Pita Barros,
A leitura que se faz da tentativa de descrédito à sua independência e competência por parte do ex-deputado João Semedo tem a ver com a sopa do Sidónio, que provavelmente seria bloquista nos dias de hoje, mas mantendo a farda republicana. É óbvio que o Sr. ex-deputado entende que deveria ter sido ele, ou algum delfim do partido, o nomeado para presidir à comissão, o que provoca comichão no fato de macaco. Por um lado, querem combate à fraude, que a existir na ADSE não será no SNS, mas sim nos grupos privados de saúde; por outro, não querem abdicar de estender a idade dos beneficiários agregados até aos 30 anos de idade, mesmo que tal coloque em risco a sustentabilidade financeira do subsistema três décadas depois, porque tempo é o momento e amanhã não sei se vou cá estar, mas existe sempre Paris e o estado para voltar a pagar os “excessos” da ADSE. A par, a contribuição de 3,5% é uma verdadeira micose para a esquerda amblíope.
Desta forma a inveja é urdida, pois este país não é para independentes, antes para militantes.
Força na “maionese” e não ceda.
Cumprimentos
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