Outras ideias que surgem no programa “PàF” são a integração entre níveis de cuidados, a criação de um SIGIC para MCDTs, desenvolvimento dos cuidados paliativos e a atenção a dar à saúde mental, em particular as demências.
Todos estes aspectos são relevantes no sistema de saúde português, e no Serviço Nacional de Saúde. E expressos de forma genérica são também provavelmente bastante consensuais. Refletem, com grande probabilidade, as pessoas que foram ouvidas na elaboração do programa.
Desta lista, seria interessante saber mais sobre a intervenção que se pensa fazer nos cuidados paliativos, por um lado, e na saúde mental, por outro lado.
Também surgem as ideias de programar a rede hospitalar (e estou curioso para ver como é que esta programação da rede hospitalar é compatibilizada com a liberdade de escolha que também se quer promover – e se as pessoas não escolherem o hospital que foi “programado” para elas, muda-se a programação ou “obriga-se” à escolha?), rever a gestão das Unidades Locais de Saúde; e aqui seria bom conhecer qual a base de evidência de que se parte, quais os problemas encontrados que sugerem necessidade dessa revisão, e que aspectos têm que ser incluídos na revisão para que alcance os objectivos pretendidos – as intervenções políticas propostas também podem ter um pouco de “remuneração por objectivos”?
Dentro desta linha, surge uma vez mais a devolução de hospitais às Misericórdias, que é uma opção política e válida enquanto tal, mas não uma opção técnica com evidência que a suporte de forma inequívoca (na verdade, também não conheço evidência que se lhe oponha).