Mais para a frente no documento da reforma do estado, surge uma mudança do tom político, sem grande importância, mas curioso, de: “o centro-direita ao centro-esquerda, que, na Europa, estão confrontados com a crise, conhecem as limitações económicas e demográficas, bem como os mecanismos institucionais de resposta a esta crise.” para “Apesar da pluralidade de origens ideológicas, todos esses Governos, confrontados com a crise e conscientes das limitações económicas e demográficas, optaram por políticas de reforma.”
Mas também uma ironia: de um tom cauteloso “As previsões de crescimento para 2014 apontam para uma recuperação moderada (…)” para um mais confiante “Após 10 trimestres em recessão, Portugal saiu da recessão técnica. As previsões de crescimento para 2014 já foram revistas em alta, e comparam bem com os indicadores na zona euro “, que acabou por ser desmentido pelos últimos números conhecidos do INE (Comparativamente com o trimestre anterior, o PIB diminuiu 0,7% em termos reais (variação de 0,5% no 4º trimestre), devido sobretudo à redução das Exportações de Bens e Serviços.)