Para finalizar este conjunto de comentários sobre a 11ª avaliação da troika, dois aspectos onde houve a mudança de uma palavra apenas mas que traduz uma alteração de fundo. No caso da monitorização da prescrição e prescrição por nome genérico (DCI), enquanto dantes falava em monitorização agora refere reforçar essa monitorização, sinal de que houve progresso realizado, pelo menos assim considerado pela avaliação. E a menção explicita a prescrição electrónica (“e-prescription”) introduzida há um ano atrás, na 7ª avaliação, desapareceu agora, na 11ª avaliação, sendo que haja uma verdadeira prescrição electrónica no sentido de desmaterialização da receita. Há prescrição electrónica no sentido em que é feita num computador, mas depois tem que ser impressa.
A outra modificação do mesmo teor surge com os sistemas de informação, onde é referido que deve continuar o desenvolvimento dos sistemas informáticos e do software de apoio à gestão e ao controlo financeiro. O campo da informática é notoriamente difícil e não apenas no SNS (o informático de hoje cumpre o papel do funcionário das finanças que dizia sempre que não era possível, mesmo sem ouvir a pergunta). Aliás, seria muito interessante saber quanto tem sido gasto nesta área e com que resultados!
No restante, não houve alterações, mantendo-se como “em progresso” (“ongoing”) diversos outros compromissos, incluindo o desenvolvimento dos cuidados de saúde primários, a produção de normas de orientação clínica, a criação de um sistema de acompanhamento, com eventual aplicação de sanções, da prescrição de medicamentos e meios complementares de diagnóstico e terapêutica, etc.