Uma pergunta é saber se esta 11ª avaliação da troika trouxe alguma coisa nova, em termos de compromissos. A resposta é positiva. No campo dos cuidados de saúde primários, é introduzido um novo item: estabelecimento de horários de atendimento que permitam satisfazer as necessidades da população e oferecer alternativas às urgências hospitalares. (comparar o ponto 3.41 do memorando, 9ª revisão resultante da 10ª avaliação, com o ponto 3.37 da 10ª revisão resultante da 11ª avaliação).
Esta medida poderá partir do pressuposto que os horários de atendimento são a principal barreira a que haja um maior desvio de procura da população quando se sente doente para os cuidados de saúde primários (centros de saúde, organizados em USF ou não). Embora seja uma ideia com apelo, há que ter também em atenção que o recurso às urgências surge não só de uma questão de acessibilidade de horário mas também, e talvez sobretudo, de uma questão de acessibilidade a tecnologia de diagnóstico que se espera ter disponível (fazer logo todos os exames, em lugar de ter que ir nos dias seguintes fazer esses exames, por exemplo).