A segunda sessão plenária da conferência foi feita por Martin Knapp da LSE, sobre saúde mental, “Recession, austerity and mental health: how can we respond?”, que se iniciou por uma breve informação sobre a abrangência dos problemas de saúde mental: afectam muitas pessoas, e os seus custos fazem-se sentido sobretudo no mercado de trabalho. E também existe um tratamento estatístico que deve ser olhado com atenção, dando como exemplo as notícias de que pessoas com problemas de saúde mental têm maior probabilidade de cometer crimes do que as outras, mas não se refere que também têm uma probabilidade muito maior de serem vitimas de crimes.
É usual associar-se a existência de recessão económica como sendo prejudicial à saúde mental, por vias como o desemprego, a pobreza, reduções de rendimento, dívidas pessoais. Mas o que estudos recentes têm vindo a mostrar é que estes factores não levam a um aparecimento desproporcionado de problemas de saúde mental, o que é fazem é impedir que se consiga sair deles. Outro aspecto importante em tempos de crise económica é a percepção das pessoas sobre as dificuldades financeiras que defrontam ser mais determinante que as dificuldades reais.
Depois desta introdução, Martin Knapp apresentou diversas formas de intervenção de baixo custo e bom resultado, que se encontram detalhadas no documento “Mental health promotion and mental illness prevention: the economic case”.
Como mensagens finais, o ter de se fazer melhor em conhecer o impacto da recessão e da austeridade, o direcionar de recursos para o que são os problemas de maior dimensão, o gerar melhor evidência de forma rápida e comunicar de forma efectiva a quem tem de decidir (e aqui quem gera a evidência nem sempre é rápido, e frequentemente não se preocupa com a forma de comunicar). As intervenções no campo da saúde mental são custo-efectivas e não envolvem grandes recursos, mas exigem coordenação e paciência.