Relativamente às compras centralizadas, não há qualquer alteração para além do deslizar dos prazos em um trimestre, provavelmente será mesmo um semestre.
Mais interessantes são as modificações nas medidas nos campos dos cuidados de saúde primários, uma vez que foi adicionado que “the Government reinforces measures aimed at further reducing unnecessary visits to specialists and emergencies and improving care coordination [Q1-2012].” As medidas pelas quais se espera alcançar este objectivo encontravam-se já no MoU anterior, sendo contudo de assinalar que o prazo para efectivação passou de 2011 para o primeiro trimestre de 2012.
Para além disso, foram ainda adicionadas duas novas medidas, presume-se também com aplicação a partir do primeiro trimestre de 2012,
1. mobilidade de recursos humanos dos hospitais para os cuidados de saúde primários, e reconsiderar o papel dos enfermeiro e de outras profissões da saúde na prestação de cuidados de saúde
2. aumento em pelo menos 20% do número máximo de utentes por médico de família nos antigos centros de saúde e de 10% nas USF.
A segunda medida é largamente automática, emnbora deva obrigar a um cuidado planeamento de aumento da lista de utentes de cada médico. É claramente realizável, mas deverá ser monitorizada com cuidado, para que não haja degradação dos cuidados prestados. Já na questão da mobilidade, há que criar as disponibilidades para a cooperação entre profissionais de saúde. De outro, a discussão correrá o risco de se ficar pela protecção de interesses de classe, em lugar de se procurar a combinação de recursos humanos que melhor serve os utentes em termos de qualidade e custos do atendimento.