Depois de um ano de preguiça na produção deste observatório mensal, decidi retomar a sua produção (pelo menos este mês). A principal conclusão depois de um ano de interregno nestas análises é que o mesmo padrão de sempre “sobreviveu” à COVID-19: períodos de crescimento acelerado, ligeiramente menor do que em 2020, mas ainda assim com um crescimento de 64 milhões de euros por mês em média, não contando com as regularizações e injeções de verbas extraordinárias. Ou seja, nada de substancial se alterou na dinâmica, e para o final deste ano é de prever que haja ainda mais um reforço de verba (com efeitos no stock de pagamentos em atraso em dezembro ou janeiro próximos). Como foi assinado, segundo me lembro, um plano de recuperação destes planos em atraso, será bem-vindo, a meu ver, um documento oficial (isto é, conjunto do ministério da saúde e do ministério das finanças de preferência) que explique que verbas foram transferidas realmente para cada hospital e em que momento e como evoluiu a respetiva divida de pagamentos em atraso. Esta análise talvez permita perceber se estes crescimentos de pagamentos de atraso resultam de um efeito geral a todos os hospitais, ou se estão concentrados em alguns hospitais. Se suceder esta concentração de aumento de pagamentos em atraso sobretudo em alguns hospitais, importará também saber que consequências (responsabilização) se retiraram daí. Ter este documento será também uma forma de dar credibilidade a alterações que se queiram introduzir na avaliação da gestão hospitalar, o principal centro de crescimento dos pagamentos em atraso do Serviço Nacional de Saúde.


27 \27\+00:00 Outubro \27\+00:00 2021 às 13:57
Ver para crer (como S Tome) se o documento (um plano de recuperação destes planos em atraso, um documento oficial) dará lugar a praticas controladas. Tenho duvidas…
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