Por motivos vários, houve um intervalo na escrita. Hoje retomo o observatório mensal (bem, desta vez foram dois meses) dos pagamentos em atraso dos hospitais EPE. A principal novidade é que no mês passado havia algum conforto pela estabilização do momento dos pagamentos em atraso, este mês passou a desconforto com nova subida, que é suficientemente grande para se aproximar bastante da tendência histórica de crescimento (no gráfico usual, abaixo, o último valor está só ligeiramente abaixo da linha de crescimento comum dos últimos dois anos e meio). Também no passado houve períodos de dois ou três meses de estabilidade (ou quase) dos pagamentos em atraso, que depois retornaram rapidamente para os seus valores históricos de crescimento.
Havia alguma esperança de estabilidade (ou seja, pouco ou nenhum crescimento positivo dos pagamentos em atraso), como possível resultado da Estrutura de Missão para o controle desta evolução (e doutros aspectos). Mas ainda não é aparente esse efeito. Veremos nos próximos meses se a criação de maior autonomia para quem tem menores dívidas tem algum efeito, bem como o estabelecimento de um plano faseado (por anos) de regularização destas dívidas.
Estas medidas, que individualizam alguns hospitais face a outros, vão obrigar a uma análise um pouco mais sofisticada, uma vez que os valores agregados poderão mascarar situações individuais que interessa conhecer (na resposta a essas medidas).