Passados os comentários ao manifesto dos 70, regresso à utilização dos cuidados de saúde, em concreto para constatar que entre 2012 e 2014 não há grande diferença no que se refere às escolhas efectivas de prestador.
O conhecimento do número de vezes que se recorreu aos serviços de saúde deu pistas sobre o estado de saúde da população, que não apresentou uma evolução que justificasse um acréscimo de utilização, tal como as questões anteriores permitiram ter uma noção de como evoluiu o conhecimento dos cidadãos sobre o sistema de saúde. Averiguando agora o que fizeram as pessoas na última vez que recorreram a serviços de saúde, tem-se a situação descrita no quadro seguinte.
Relacionando com a caracterização dos respondentes, verifica-se que o ano de resposta, ser 2012 ou 2014, não traz qualquer diferença. Nos restantes efeitos, sem grande surpresa, quem tem seguro, além do SNS, tem maior probabilidade de escolher ir ao médico privado e à urgência hospitalar; quem tem subsistema público utiliza relativamente mais médicos privados, mas não tem uma diferença visível na maior utilização das urgências hospitalares. Estes efeitos são os que seria de esperar, não trazendo aspectos inesperados. A parte não esperada está na ausência de qualquer efeito sistemático associado com o nível de educação, que noutros contextos se tem mostrado um importante factor associado com a utilização de cuidados de saúde. Também a idade e usufruir de um sistema de saúde privado estão ausentes destes factores associados com as escolhas por falta de regularidade (significância estatística), o que é em si mesmo algo inesperado.
20 \20\+00:00 Março \20\+00:00 2014 às 20:42
Acho estranho que os cidadãos não se sintam ofendidos com a proposta de “penalizar” quem não for a consulta, apesar de marcada. Para quando mudar as prioridades e achar que os serviços servem os cidadãos e não o contarrio? Em França os cidadãos escolhem o seu medico de familia livremente e por cada consulta os serviços oficiais dão um cheque de 24€ , escolhendo o proprio qual medico é que vai. Aqui somos tratados como propriedade dos serviços oficiais, tendo que ir onde querem e pagar (cada consulta nos centros custa-nos 78€) como não pagariamos se fosse o sistema livre . realmente os cidadãos embarcam na propaganda de saude gratuita para todos como se fosse uma “verdade para tolos”
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