por conta da participação no Congresso Nacional de Estudantes de Medicina 2014, numa sessão com Adalberto Campos Fernandes e Constantino Sakellarides. A minha apresentação pode ser obtida aqui (pdf), ou vista (Meo Kanal ou Sapo Videos). No Livestream do Congresso encontram-se as apresentações completas dos vários participantes e a discussão que se seguiu.
Um resumo rápido dessas outras duas contribuições: vários riscos para a sustentabilidade do Serviço Nacional de Saúde, com referência a elementos políticos: focar na sustentabilidade dos elementos privatizáveis da despesa pública (ACF / Adalberto Campos Fernandes), relevância dos recursos humanos – na estrutura de custos (ACF) e no capital humano, que se está a perder (CS / Constantino Sakellarides), impacto da doença crónica, nomeadamente diabetes e saúde mental (ACF); o estado não poderá sair do financiamento da saúde por uma questão de valores (ACF) [aspecto reforçado pelas doenças crónicas que não são despesa segurável numa base anual depois de instaladas]; redução de custos dos últimos anos por redução dos encargos com medicamentos (estabilizou, e não vai poder ter o ritmo recente de decréscimo); reformas que ajudam à sustentabilidade têm maior possibilidade de sucesso de nascem de baixo para cima (CS), dando como exemplo a reforma dos cuidados de saúde primários que parou (desacelerou muito, pelo menos) quando deixou de ter essa característica; a relevância de ter estratégias locais de saúde, dentro do contexto do Plano Nacional de Saúde (CS); a necessidade de uma cultura para um contrato de sustentabilidade, para tratar de vários aspectos em conjunto por partilha dos valores (coesão inter-geracional, protecção social, saúde e segurança social, ambiente, clima e energia, foram os exemplos apontados) (CS).
Como traço comum a todas as apresentações, pelo menos na minha interpretação, a sustentabilidade do Serviço Nacional de Saúde não se resolverá com soluções macro, nem com uma “reforma”, é antes um problema de “processo” – os desafios apontados à sustentabilidade e os caminhos para os resolver incidiram sobre aspectos ao nível das organizações, a um trabalho de todos os dias para melhorar, tendo como pano de fundo um enquadramento partilhado em grande medida.
10 \10\+00:00 Novembro \10\+00:00 2014 às 16:41
Se não se adoptarem pagamentos dos cuidados de saude de acordo com os rendimentos acabamos por dar com os burros na agua mais ano menos ano.
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