disponível aqui e para leitura nos próximos dias (conjuntamente com o relatório que também irá sair da Comissão Europeia).
Numa primeira leitura rápida, o que salta à vista é a) a importância da estabilidade política incluindo aqui as decisões do tribunal constitucional para a forma como do exterior é visto o programa de ajustamento, e é a partir dessa visão que haverá quem queira, ou não, investir em Portugal, seja pela compra de dívida pública seja pela realização de investimento produtivo no terreno; b) a preocupação com a evolução da dívida externa; c) o reconhecer alguns sinais positivos, mas ainda insuficientes para dissipar as preocupações com a capacidade de a economia conseguir crescer e dessa forma ajudar também à consolidação das contas públicas. Importante aqui o sinal de que a consolidação orçamental terá que continuar em 2015 e anos seguintes. Mesmo depois de oficialmente terminado o programa de ajustamento, as despesas públicas serão fortemente condicionadas pela necessidade de conter a dívida pública. Sem um sinal claro de compromisso com esse caminho, será provavelmente difícil evitar nova crise de financiamento do Estado a breve prazo (digamos a 3 anos) – esta parte não é dita pelo FMI, mas consegue-se adivinhar.