as farmácias têm sido ultimamente noticia por diversos motivos: as dificuldades económicas, a falta de medicamentos, situações de fraude detectadas com a aquisição de medicamentos, etc.
Sobre as dificuldades económicas, noutros textos apresentei os motivos pelos quais a situação passada de “abundância” associada com a posse e gestão de uma farmácia se alterou consideravelmente, por conta das reduções de preços dos medicamentos que reduzem também de forma automática as receitas das farmácias sem que os custos se alterem.
Sobre as situações de fraude, não tenho conhecimento específico, posso apenas desejar que sejam detectadas e combatidas.
Resta a falta de medicamentos nas farmácias, e aqui a singularidade do que faz noticia e chama a atenção da população, poderá ser uma parte muito pequena face à regularidade geral. Se é verdade que poderão existir casos sérios de falta de um ou outro medicamento particular, e que importa resolver, essa situação não deverá ser lida como sendo uma característica geral, pelo menos até maior informação sistematizada estar disponível.
No sentido de ter uma visão geral, é útil ir fazendo o seguimento da situação, e o INFARMED disponibiliza uma ferramenta via internet, aqui, que permite saber nas farmácias de Portugal se há medicamentos em falta, para os 50 medicamentos mais importantes (em termos de substância activa, não havendo uma marca, se houver outra com o mesmo princípio activo, segundo percebi é considerado como disponível). Este mapa interactivo permite uma navegação por todo o país, e dá então essa visão mais genérica. De momento, só encontrei situações verdes. Resta saber a frequência de actualização (a versão consultada a 19 de Dezembro dizia “actualização a 19 de Dezembro”!) e garantir que as farmácias estão bem identificadas.
Momentos económicos... e não só 
20 \20\+00:00 Dezembro \20\+00:00 2012 às 10:19
Bom dia Professor. Não resisti a comentar este seu post. Como já fiz quarenta anos, há algum tempo que deixei de acreditar em histórias de fadas… Já sei que não existe uma floresta verde encantada, com duendes e ellfos. Esta iniciativa é uma forma pouco consistente e pouco suportada, nada de novo na política do nosso país. mais de que um problema de actualização é um problema de conceito técnico e científico. O problema de acesso ao medicamento nas farmácias não se restringe a um ou outro medicamento e é generalizada. Os doentes sentem diariamente essa realidade. Ficam muitas perguntas por responder…. A principal talvez seja: Se estes são os medicamentos essenciais, que não fazem parte do top de vendas, quer dizer que o Infarmed vai propor a descomparticipação dos restantes?
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20 \20\+00:00 Dezembro \20\+00:00 2012 às 10:53
ora, Paulo, esta até é a época dos duendes, e para elfos temos a trilogia do Senhor dos Anéis.
Sobre o mapa, tenho ouvido nos últimos dias várias reacções apontando imprecisões no mapa, incluindo farmácias que não existem neste momento e faltando incluir outras que estão abertas e a funcionar.
Eu coloco a questão de outra forma, é a ideia de facultar esta informação boa ou não?
A mim parece-me que sim, e as imprecisões devem ser anotadas e rectificadas.
O problema imediatamente seguinte é saber que medicamentos deverão ser incluídos nesta lista, e aí será certamente de adicionar mais uns quantos, sobretudo aqueles que se venham a detectar como mais propensos a faltar mesmo não estando no top 50 de vendas.
Se bem percebo, o seu comentário é no sentido de aumentar o leque de medicamentos cobertos por este processo de observação, por forma a apanhar casos relevantes de falta mas que não estão no top 50. Fica à atenção do INFARMED fazer esse alargamento.
Por exemplo, poderia-se ter o top 50 dos medicamentos que faltam mais vezes (e que não têm substituto próximo, de acordo com critério técnico-científico).
Sugestões para este segundo top 50?
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