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Apple e Steve Jobs

A saída de Steve Jobs do comando da Apple é, de certo modo, o fim de uma época.

Devo desde já declarar o meu conflito de interesses. Comprei o meu primeiro Macintosh SE em 1989, e desde então tenho sido um “fan Mac” – nunca tive um PC a correr DOS ou Windows – apesar de toda a pressão implícita para isso.

Assisti ao nascimento do ipod, do itunes, do iphone e do ipad. Aderi mais a uns do que a outros. Entro nas lojas Apple só para ver (o magnifico cubo de vidro em Nova Iorque com uma multidão no seu interior…). Vejo as apresentações de Steve Jobs disponibilizadas na internet (e mesmo se que o é apresentado é sobrevalorizado, é magnifica a forma como Jobs apresenta). Também assisti aos fracassos, como o Mac em forma de cubo. Tive pena que deixassem o design de portátil com uma pega para transporte (ok, parecia um estojo de maquilhagem, mas dava imenso jeito).

Nunca deixei de admirar a simplicidade de utilização de tudo o que sai da Apple. E Steve Jobs era o rosto da novidade, da next big thing, que anunciava nas apresentações (os eventos Apple).

Racionalmente, a Apple não é só Steve Jobs, nem ele provavelmente intervinha muito nos dias de hoje no funcionamento diário da companhia, e no design e criação de produtos.  A questão é que nos habituamos a identificar Jobs com a Apple e a Apple com Jobs.

A primeira apresentação de novos produtos sem Steve Jobs e o seu sucesso (ou não) dirão se a Apple conseguirá manter o papel de descoberta de novos produtos e mercados, ou se passará a ser outra empresa.

De qualquer forma, como o meu Macintosh SE de 1989 ainda funciona (se bem que só usado por divertimento para jogar Tetris a preto e branco), espero que o meu iMac sirva para mais 22 anos caso a Apple sem Jobs perca o seu toque mágico.