Na apresentação da medida “acreditação dos serviços do SNS” é a segunda vez que, creio, surge mencionado explicitamente o Serviço Nacional de Saúde (SNS) no programa do Governo.
A obtenção de acreditação é, obviamente, um instrumento útil. Porém, para quem e com que fim?
Sendo a acreditação algo desejável, a decisão de iniciar um processo de acreditação deverá ser deixada a cada instituição. Um processo de acreditação cumpre sempre um duplo papel.
Por um lado, é um sinal para o exterior. Uma forma de transmitir de um modo credível informação sobre o tipo de cuidados prestados pela instituição.
Por outro lado, um processo de certificação implica uma reflexão no interior da instituição e uma predisposição para aceitar expor a uma entidade exterior o que também possa estar a funcionar menos bem, com o propósito de recolher e aplicar sugestões de melhoria. Se este segundo aspecto não estiver presente, o processo de acreditação será um mero exercício publicitário.
9 \09\+00:00 Julho \09\+00:00 2011 às 10:45
Vale a pena conhecer o exemplo do Hospital de Leiria que confirma o “duplo papel” da acreditação. Mas , nesta fase do campeonato, tenho muitas dúvidas de que a acreditação possa trazer algo mais do que alguma disciplina de processos Tema em que, realmente, os Serviços de saúde, (por tradição), estão longe de serem boas Organizações.Geridas por critérios de gestão modernos e fiáveis.E com base em tecnologias de informação para além de computadores.
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9 \09\+00:00 Julho \09\+00:00 2011 às 21:40
Acreditaçao é hoje é um serviço que se compra, como se de um serviço de consultoria se tratasse.
Concordo plenamente com FVRoxo, é necessario o rigor de auditorias, fiscalizaçao e gestão como se de uma empresa se tratasse.
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9 \09\+00:00 Julho \09\+00:00 2011 às 21:41
a acreditação é mais um passo para andarmos com demagogias, verborreias e discussões/burocracia esteril..
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10 \10\+00:00 Julho \10\+00:00 2011 às 16:56
O desenvolvimento do processo de acreditação não é um fim em si mesmo. É antes uma primeira etapa para preparar as condições estruturais e processuais básicas para o desenvolvimento duma política de melhoria contínua da qualidade.
Independentemente do benefício que acreditação e a gestão de risco trouxeram aos nossos hospitais, estou de acordo com os comentários anteriores. Muitas das mudanças são cosméticas e burocráticas servindo, fundamentalmente, para inglês ver.
Estamos muito longe dos conceitos fundamentais da excelência, referidos pelo EFQM ( European Fundation Quality Management ):
“Orientação para os resultados. Focalização no Cliente. Liderança e constância de propósitos. Gestão pelos processos e pelos factos. Desenvolvimento e envolvimento de pessoas. Aprendizagem, inovação e melhoria contínuas. Desenvolvimento de parcerias. Responsabilidade a respeito da colectividade.”
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