Momentos económicos… e não só

About economics in general, health economics most of the time

Relatório da Primavera 2012 (3)

Deixe um comentário

Continuando no capítulo 3, chega-se à (inevitável) secção sobre a sustentabilidade do Serviço Nacional de Saúde, em que uma vez mais sustentabilidade é na verdade sustentabilidade financeira. De modo similar à esmagadora maioria das análises de sustentabilidade financeira do SNS não é apresentada uma definição precisa do conceito. Em lugar disso, é alargada a discussão para o conceito de sustentabilidade politica.

A noção de sustentabilidade política também não é definida, mas é feita a sua ligação clara a alguns aspectos: 1) insatisfação da população com a resposta do SNS; 2) desmotivação dos profissionais; 3) ausência de  rumo em termos de saúde; 4) “sinais de uma agenda não-universalista”. A ideia parece ser a de respeitar as preferências sociais quanto à existência de um serviço nacional de saúde, e que dentro desse respeito deveria o governo disponibilizar as verbas para a sustentação financeira do SNS.

Sendo crucial saber que sistema de protecção na doença pretende a população ter, tal não permite prescindir de uma definição exacta do que é, bem é necessário colocar a sustentabilidade financeira do sns no contexto da própria sustentabilidade das contas públicas como um todo, e dos equilíbrios políticos entre ministérios na afectação do orçamento do estado.

Desconhecida's avatar

Autor: Pedro Pita Barros, professor na Nova SBE

Professor de Economia da Universidade Nova de Lisboa.

Deixe um momento económico para discussão...