Estamos em ano de jogos olímpicos, e de memórias.
Há momentos de história colectiva que ficam na história individual. Os Jogos Olimpicos de 1984 são um desses momentos da minha memória individual, que partilham uma história colectiva – Carlos Lopes ganha a maratona olímpica, e a primeira medalha de ouro para Portugal. Assisti pela televisão, madrugada dentro, ainda vi o sol nascer em Portugal, com a sua primeira medalha olímpica, e esperar sem dormir para ir comprar os jornais desportivos, não havia internet na altura. A descrição da corrida aqui, que não faz justiça à emoção de ver na televisão a corrida de Carlos Lopes, sentindo cada passada dele. É o mais velho vencedor de uma maratona olímpica, aos 37 anos; bateu no ano seguinte o recorde mundial da maratona, e foi atropelado pouco antes da maratona olímpica na segunda circular “Faltava pouco mais de uma semana para a partida para Los Angeles, quando, no decorrer de um treino, junto ao Estádio da Luz, Carlos Lopes foi atropelado. ”Senti-me no ar, aos piparotes, caí e…levei algum tempo a levantar-me, com medo de pensar que já não iria a Los Angeles. Ergui-me e a primeira coisa que fiz foi tentar correr. Corri…o sonho podia continuar.” (palavras de Carlos Lopes).
E chegou a um episódio dos Simpson! No ano seguinte ainda ganha de forma impressionante o titulo mundial de corta-mato e bate o recorde mundial da maratona.



12 \12\+00:00 Agosto \12\+00:00 2012 às 10:58
Este teu post fez- me lembrar os 2 talentos que admirei:jAgostinho e Carlos Lopes..E o filme “O Direito à Infelicidade” que é uma curta-metragem de animação da autoria do colectivo Nefasto, a partir de uma obra original do ilustrador português José Carlos Fernandes, realizada com recurso a uma técnica mista de sombras chinesas e stop motion animation.
“Tendo como ponto de partida a difícil aceitação, no mundo desenvolvido, da infelicidade e inadequação, O Direito à Infelicidade hiperboliza a cada vez mais real e crescente sobre-medicação de indivíduos afectados pelo grande flagelo da nostalgia, da saudade, e da vontade de não sorrir.”
Abraco.
Francisco
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13 \13\+00:00 Agosto \13\+00:00 2012 às 09:42
Em 1984 Carlos Lopes ainda bateu o recorde olímpico da Maratona, que perdurou por 24 anos, sendo apenas superado em Pequim!
Foi sem dúvida um atleta excepcional!
De 4 em 4 anos as televisões e os portugueses lembram-se que há muito desporto para além do futebol e que, invariavelmente, nos dão mais alegrias do que 90 minutos de pontapé na bola com claques e disputas de dirigentes pelo meio dos jogos.
Somos um país pequeno de brandos costumes, mas temos gente boa entre nós, com capacidades extraordinárias para potenciar!
Subiremos ao lugar mais alto do pódio daqui a 4 anos no Rio de Janeiro?
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