Sobre o relatório da primavera, as notícias e reacções, via blog saudesa: aqui,
o relatório pode ser obtido aqui (obrigado Carlos Domingues pelo trabalho poupado na procura do link).
Apenas dois comentários breves:
a) a apresentação pública do relatório tenta maximizar a sua exposição mediática e fomentando os aspectos mais polémicos como forma de chamar a atenção. É o estilo escolhido.
b) os sucessivos ministérios da saúde, sempre que há apresentação do relatório com mais impacto mediático, respondem no mesmo tom, desvalorizando as análises. É o estilo escolhido.
Mesmo que não faça a agenda mediática, proponho uma leitura e discussão mais serena do relatório. É o estilo escolhido. Agradeço por isso todos os comentários e observações que me queiram fazer chegar (os comentários podem ser anónimos, mas serão moderados para exclusão de publicidade, spam e eventuais ofensas pessoais).
16 \16\+00:00 Junho \16\+00:00 2012 às 10:54
Caro Pedro
Por razoes profissionais nao pude estarvpresentebna apresentação do relatório.E só há 10 minutos terminei a sua leitura.E vim agora ver os teus inevitáveis, imprescindíveis e clarividentes comentarios.E deixar-te o meu.
1-Na actual faseada crise este relatório tem bastante mais de “saúdes” do que eu gostaria.As contas publicas a tanto exigiam.
2-O sempre útil debate que ele proporciona e, descontando o estilo salutarmente único do actual MS, deveria ser mais potenciado e indexado ao Plano Nacional da Saude ( quantificado) que nunca mais sai.Apesar das referencias a ele na pagina 129 e seguintes e a referencia ao Quadro 19 sobre as prioridades dos programas do actual governo).
3- Os 3 eixos organizativos do SNS (primários,hospitalarese continuados) nao aparecem articulados na analise, nem que fosse para se poder comparar o que actualmente se vive com a situação do anterior MS.E o futuro.
4-Se as evidencias sao um desafio, que desafios técnicos ( sobretudo de economia politica) se colocam perante o puzzle das evidencias que todos apontam mas em que todos se instalam,em particular as posições dos principais stakeholders do SNS sustentável. (…)
5-Sendo a Saude o eixo mais critico do abaixamento das expectativas sociais relativamente ao futuro, que papel para as IPSS no quadro de solucoes para um Sistema mais voluntário e menos ” sugador de dinheiro” sobretudo no combate ao impacto da “doenca demográfica que enche as urgências”?
6-Sera que este relatório nao tem um pouco de Primavera envergonhada em que nem chove como seria desejável nem faz sol como alguns gostariam?
Abraco e Haja Saude crónica 🙂
Francisco
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16 \16\+00:00 Junho \16\+00:00 2012 às 14:22
Olá Francisco,
ainda estou a terminar uma primeira leitura, e depois começarei a tirar as minhas notas para comentários durante os próximos dias.
A falta de um referencial como o plano nacional de saúde (ou documento similar, não fico agarrado ao nome) é clara, e é identificada no relatório do OPSS.
Sobre as IPSS, do que vi até agora no relatório não há uma apreciação do papel desempenhado ou a desempenhar, mas posso estar enganado e uma segunda leitura ajudar a perceber a visão do relatório do OPSS sobre esse tema.
E desta primeira leitura, tenho vários pontos fortes e fracos a assinalar e comentar no relatório de primavera, embora curiosamente, ou não, diferentes em substância do que foi a resposta do ministério da saúde.
Mas é precisamente desta diversidade que se faz a discussão, e assim ganho espaço para me “gastar” tempo e espaço no blog 🙂
Abraço
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