JLA trata quase no final do livro o difícil tema da morte e da morte medicamente assistida, dados que apresenta da Holanda, de intervenções que encurtam a vida em 3,3 semanas, 80% em doentes com cancro, 92% baseados em doença física (e possivelmente dor). Os limites do que é a persistência em tratar versus o que é ajudar a morrer em humanidade e dignidade é um dos aspectos mais dificeis nas sociedades de hoje, tanto mais que o valor “social” e o valor “individual” das intervenções é saúde cria dilemas que é necessário saber ultrapassar e dar guia aos médicos (enquanto decisores cruciais na saúde).
Com o aumento das despesas em saúde e as actuais restrições orçamentais, haverá um dia, não muito distante, em que se terá de colocar um valor em todas as intervenções, incluindo as que potencialmente ou efectivamente salvam vidas, como forma de guiar uma afectação de recursos a assistência na doença que reflicta a posição da sociedade sobre o tema.