Henrique Raposo, na sua crónica no Expresso, desta vez entitulada Iliteracia Crónica, fala sobre escrita, escrita para a net e escrita para papel. E sobre a tentação de na escrita da net cedermos à tentação das palavras mais bombásticas e imediatas, do risco que é escrever para receber os “like” de popularidade. Isto a propósito do video sobre o pretenso corretor que denunciou o controlo da Goldman Sachs sobre o mundo actual (e que afinal não era o que parecia).
Como ainda não tinha cedido à pressão dos “likes” senti-me mais confortável, de qualquer modo os que recebo são de amigos e conhecidos por simpatia, mas fiquei preocupado com o que possa ter de tentação. Apesar de parecer que qualquer um pode ser jornalista, a falta de controles sobre o que é publicado é também um risco, sobretudo quando se lê e se aceita acriticamente essa leitura.
Gostava de pensar que teremos uma solução para este problema da pressa da leitura na net se traduzir cada vez mais numa versão electrónica do velho jogo de crianças “telefone estragado”. Enquanto não a descubro, vou lendo em papel :D.