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7 Serviço de atendimento para utentes sem médico de família nos Cuidados de Saúde Primários

Justificação: As respostas dos CSP estão estruturadas assumindo que os utentes têm médico de família atribuído. Contudo, os utentes que não têm MdF atribuído têm um acesso condicionado aos CSP, estando dependentes de respostas pontuais das Unidades de Cuidados de Saúde Personalizados (UCSP). Com quase 20% da população sem MdF atribuído, é necessária uma solução que permita qualificar o acesso aos CSP. Em cada ACES deverá ser implementado uma Via-Verde para acesso aos CSP, com atendimento preferencial por enfermeiros e eventual referenciação para MGF. Esta via-verde deverá servir para uma resposta à doença aguda (walk-ins) e à doença crónica (consultas marcadas e referenciadas por enfermeiros) de utentes sem MdF atribuído. Os recursos desta via-verde devem estar dedicados ao atendimento destes utentes, fora de unidades de atendimento a utentes com médico de família (UCSP e Unidades de Saúde Familiar modelo B (USF-B)).

Entidades envolvidas: DE-SNS, ACES

Calendarização de aplicação da proposta: Implementação de projeto piloto com 4 ACES durante o ano de 2024 Avaliação e potencial generalização das respostas em 2025

Dificuldade de concretização

técnica política custo
elevadabaixamédio

Que entidade deverá fazer o acompanhamento da concretização da proposta? De-SNS

Proposta por Eduardo Costa

4 thoughts on “7 Serviço de atendimento para utentes sem médico de família nos Cuidados de Saúde Primários

  1. Desconhecida's avatar

    Discorda-se em absoluto da substituição da proposta de um MF por um Enfermeiro. Triagem para acesso a MF não faz sentido
    Sugestões :
    Reforço médico das UCSPs . A integração em ULSs poderá facilitar
    Aproveitar a capacidade privada instalada segundo as sugestões [em comentário a propostas anteriores].

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  2. Desconhecida's avatar

    penso que ‘bebe’ das experiências ‘via verde Seixal’ e afins que, além de serem muitíssimo meritórias (por partirem de uma MGF instalada que saiu para resolver o problema dos milhares de pessoas sem acesso a CSP), na minha perspectiva poderiam também servir para testar novos modelos de trabalho. Estes novos modelos (incluindo por exemplo o task-shifting) seriam testados com vista á sua generalização, se funcionantes, e não apenas usados como último recurso, como cuidados considerados de qualidade inferior. Nestes casos defendo que o task shifting devia ser na linha do que referi medida 4, desviando para os enfermeiros as tarefas mais rotineiras e deixando aos médicos as tarefas complexas. Decidir quem precisa de uma consulta de entre os que a solicitam (no caso de não ser possível oferecê-la a todos) é uma tarefa complexa e deve ser feita por médicos.

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  3. Desconhecida's avatar

    Obrigado pelos comentários. Algumas notas em relação aos mesmos:
    1. Concordo que deverá existir um reforço dos modelos de task shifting focado nas tarefas em tarefas de rotina e baseados na evidência científica internacional sobre estas práticas.
    2. O âmbito da proposta prende-se com a criação de uma resposta mais estruturada que permita potenciar o acesso dos utentes que, neste momento, não têm esse acesso garantido. Ou seja, não se pretende necessariamente que o enfermeiro substitua o médico (ainda que possam existir margens de substituição em determinadas tarefas). Pretende-se dar acesso a um profissional de saúde face à alternativa de não ter acesso aos cuidados de saúde primários.
    3. A alteração proposta carece de ser monitorizada com vista à sua generalização. É possível equacionar, como sugerido pelos comentários, uma generalização de novos modelos de trabalho. Porém, o âmbito desta proposta estava circunscrito a uma resposta extraordinária aos utentes sem médico de família.
    Eduardo Costa

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  4. Desconhecida's avatar

    acrescento um texto que para mim é fundamental nesta discussão https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC2323039/
    também aqui «In all this there seems to be an unspoken assumption that primary care doctors are a luxury that poor countries cannot afford; and yet in richer countries they are the key to cost effective healthcare systems and better health outcomes»

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