Identificação das unidades de CSP com maiores problemas de fixação de médicos de família e alterar as respetivas condições de trabalho, incluindo número de profissionais envolvidas, numa lógica de resolver primeiro e por concentração de recursos os locais mais problemáticos.
Justificação: A atribuição de médico de família a todos os residentes em Portugal é uma promessa repetidamente feita e repetidamente falhada no seu cumprimento. Em lugar de dar um pouco mais de recursos a todos os locais com dificuldades, sugere-se uma abordagem sequencial de resolução prioritária dos pontos de maiores problemas (menor cobertura por médicos de família), recorrendo a concursos específicos (ou contratações dirigidas) e a modalidades de organização eventualmente temporárias que possuam potencial de resolver, mesmo que provisoriamente, as situações mais difíceis.
Entidades envolvidas: DE-SNS
Calendarização de aplicação da proposta: 6 meses após tomada de posse do novo governo, e depois a decorrer nos próximos 3 anos.
Dificuldade de concretização:
| Técnica | política | custo |
| média | média | elevado |
Que entidade deverá fazer o acompanhamento da concretização da proposta? DE-SNS
Proposta por Pedro Pita Barros
10 \10\+00:00 Fevereiro \10\+00:00 2024 às 23:15
A generalização do Modelo B é um passo que foi agora dado e que é muito importante para reter os MF no SNS quando acabam a especialidade. Note-se que no Norte, que teve uma política generosa de concessão do Modelo B o problema dos Utentes Sem Médico de Família não existe, enquanto na ARSLVT, que teve uma política avara, ele é gritante.
Mas importa uma atitude de exigência ativa por parte da Administração. A autonomia de que gozam as USFs têm de estar ao serviço dos utentes e não dos interesses corporativos. O lema inicial “Uma USF centrada nos utentes” tem que ser recuperado
Há aqui uma questão cultural
Os suplementos e incentivos pagos, que proporcionam uma elevada remuneração, têm que ser encarados como o possibilitar o profissional desenvolver livre e plenamente a sua atividade em prol dos seus utentes como profissional liberal. É preciso que se faça a transição de um modelo de funcionário público sindicalizado, com hora de entrada e de saída, para o modelo descrito.
Aquilo que tenho vindo a assistir, à medida que se generaliza o Modelo B, é o reassumir do modelo de funcionário de público. Deparo-me até com comentários do tipo “CSPs são prevenção e não cabe ao MF dar resposta à doença aguda”
No Modelo B os contribuintes pagam o equivalente a 9 horas suplementares por semana para além das 35 hs base. (e não como prémio ou incentivo mas como suplementos horários) E, no entanto, serão poucas as USFs onde se praticam horários superiores a 37 horas. Se essas horas fossem realizadas a acessibilidade de cada um ao seu MF poderia ser muito melhor. A sugestão é de horários de 40 horas (que é o do regime geral dos médicos) , mais uma hora de isenção de horário por dia.
Se isto fosse praticado então seria possível a cada MF garantir uma consulta programada no prazo de cinco dias úteis e o atendimento de todas as situações agudas no próprio dia~
Tem havido uma política de complacência por parte das Chefias que precisa de ser substituída por uma política de liderança e exigência.
A contratualização, que deve incluir a carga horária e objetivos, e o seu acompanhamento, são a chave. O tempo de espera por consulta e a satisfação dos utentes são indicadores a implementar e acompanhar.
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10 \10\+00:00 Fevereiro \10\+00:00 2024 às 23:15
A generalização do Modelo B em curso, com uma maior capacidade de atratividade e o atual número de internos trazem a esperança de que dentro de poucos anos o problema seja menorizado
Mas a possibilidade dos Médicos de Família Privados poderem se articular com o SNS, e poderem requisitar Exames pelo SNS e passarem baixas aos utentes que não têm Médico de Família no SNS, porque não há ou por que façam opção por um MF privado, é a solução possível neste momento. O “opting out” voluntário em relação ao MF para além de deixar vago o lugar para quem não tem MF nem no público nem no privado pode introduzir alguma concorrência. Sendo esta um fator indispensável para promover a centralidade no utente.
Enquanto no setor privado a fidelidade de um utente nunca está garantida e a sua satisfação é também necessária para que ele se torne num referenciador de outros utentes. No público o vencimento e os utentes estão garantidos.
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