Momentos económicos… e não só

About economics in general, health economics most of the time

Comentários gerais

Recolhem-se aqui os comentários, sobre o documento, que são de natureza genérica, e não dedicados a cada proposta. Para os comentários específicos de cada proposta, seguir a ligação na página índice.

4 thoughts on “Comentários gerais

  1. Desconhecida's avatar

    1. Apesar do título, trata-se de uma visão para o SNS e não para o Sistema de Saúde. Portugal é um País pobre, com uma grande percentagem da sua população idosa ou muito idosa. Não se pode dar ao luxo de financiar dois sistemas de Saúde, um público e outro privado, nem tem recursos humanos para suprir as necessidades de dois sistemas. A integração, articulação e complementaridade são indispensáveis. Como o conseguir deve ser o desafio.
    2. Mantém uma visão de modelo 100 % de Administração Pública sem dar o salto para um modelo de Gestão
    3. O financiamento por capitação das ULSs nada altera a realidade de que no Estado o financiamento será sempre o da despesa realizada. No fim do ano o Estado passa o cheque para pagar as dívidas. Diferente quando a contratualização é com um privado.

    Gostar

  2. Desconhecida's avatar

    Há uma questão que não é abordada e que me parece seria útil abordar: o horário de funcionamento das unidades de CSP. Tudo a funcionar das 8 às 20 é péssimo para profissionais e para a gestão dos serviços. Para os utilizadores parece bom, mas em linha com uma sociedade que pretende viver em modo ‘loja de conveniência’. Não sou a favor desse modelo que não existe em sociedades conhecidas como mais felizes, como os nórdicos, a Suiça e a Irlanda. […] na Irlanda [..] as ‘GP practices’ funcionavam tipicamente 9-13 e 14-17, as mais tardias fechavam às 18, e as farmácias comunitárias idem aspas. Sei que não é fácil andar para trás nisto e só seria minimamente exequível num movimento mais global da sociedade. Mas seria uma revolução que humanizaria a vida. Além disso, ao concentrar as horas de funcionamento, a acessibilidade poderia ser mais intensa, seria mais fácil a gestão de horários em geral, de substituições, férias e folgas, e a satisfação e sobrecarga de todos os profissionais poderia melhorar.

    Gostar

    • Desconhecida's avatar

      Parece-me bem a abertura das 8-20 h e é do interesse dos utentes. As USFs têm habitualmente mais de 5 médicos. É perfeitamente possível que cada um dos médicos tenha num dos dias da semana horário até às 20. Concentrar os horários não leva a mais consultas mas a salas de espera mais cheias. Sendo 1900 utentes por médico um carga pesada a minha sugestão é que as USFs organizem os seus horários de forma desfasada e e que cada médico tenha um intervalo grande (4 a 5 horas) entre a manhã e a tarde, para poder descansar e usar tempo útil para tratar das suas coisas pessoais.

      Gostar

  3. Maurício Alves's avatar

    28 Incentivo estratégico para a inclusão de serviços dedicados de “Transformação e Inovação Digital” em todas as ULS

    Justificação: A necessidade de transformação e inovação digital no Serviço Nacional de Saúde (SNS) emerge como uma resposta imperativa aos desafios contemporâneos enfrentados pelo sistema de saúde. A dinâmica da sociedade atual, marcada por uma profunda interação com tecnologias digitais em diversos aspectos da vida quotidiana, estabelece um novo padrão de expectativas também no âmbito da saúde. Os utentes, habituados à conveniência, eficiência e acessibilidade proporcionadas pelas soluções digitais em outros setores, naturalmente desejam e esperam que o SNS ofereça uma experiência semelhante.

    Reconhece-se que, embora muitas organizações de saúde já demonstrem preocupação com a digitalização, os planos estratégicos frequentemente enfrentam obstáculos na sua implementação devido à resistência à mudança, à complexidade dos processos internos e ao medo intrínseco associado à transição para o desconhecido. Este cenário é agravado pela insuficiência de profissionais de saúde, uma realidade que, por si só, já desafia a capacidade de resposta do sistema. A inovação digital surge, então, não apenas como um complemento, mas como um componente fundamental para a sustentabilidade e eficácia do SNS, permitindo a otimização de recursos, a melhoria na prestação de cuidados e a promoção de uma maior satisfação e segurança para utentes e profissionais.

    A transformação digital no SNS deve ser encarada como uma oportunidade para redefinir modos de operação e integrar serviços de saúde de forma mais eficiente e centrada no utente. Através da digitalização, é possível superar barreiras físicas e temporais, facilitando o acesso a serviços, melhorando a comunicação entre utentes e profissionais de saúde e permitindo a personalização do atendimento. Além disso, a implementação de ferramentas digitais avançadas e a utilização estratégica de dados e big data podem significativamente otimizar processos, melhorar o desempenho e a segurança dos cuidados, e apoiar a tomada de decisão e a gestão estratégica dentro das complexas estruturas organizacionais do SNS.

    Para que esta transformação seja bem-sucedida, é crucial o envolvimento e a colaboração de diversas entidades, incluindo os próprios profissionais de saúde, que devem ser integrados desde a fase inicial de identificação das necessidades, passando pelo desenvolvimento e implementação de soluções digitais. A liderança destas iniciativas deve estar a cargo de indivíduos que não só possuam um profundo conhecimento das instituições e dos sistemas de saúde mas que também estejam familiarizados com as tecnologias de informação e comunicação, capazes de antever necessidades, propor soluções inovadoras e gerir projetos transformadores.

    Em suma, a justificação para uma transformação e inovação digital no SNS assenta na necessidade de adaptar o sistema de saúde aos padrões e expectativas da sociedade atual, maximizando a eficiência, acessibilidade e qualidade dos cuidados de saúde. Este movimento requer uma abordagem estratégica, colaborativa e inovadora, capaz de integrar a tecnologia de forma que beneficie todos os intervenientes no sistema de saúde.

    Operacionalização inicial: A transformação da organização do SNS criou uma nova oportunidade e deve gerar outro modus operandi. No momento em que a maioria das ULS está a definir o seu regulamento interno, é imperativo a inclusão clara de serviços de “transformação e inovação digital”, inteiramente dedicados à integração de medidas, intervenções e estratégias diferenciadas, que prestem apoio, assessoria e acrescentem valor a cada profissional de saúde e contexto, e sejam responsáveis por integrar todos os elementos necessários a uma verdadeira transformação digital.

    Pontos Chave:
    A. Necessidade de Sintonia e Compromisso:
    – Urgência em alinhar estratégias e ações para promover uma verdadeira transformação digital.
    – Importância de superar o medo e resistência à mudança para implementar soluções digitais eficazes.

    B. Melhoria do Acesso e Comunicação:
    – Eliminação de processos obsoletos como a necessidade de contactar telefonicamente para agendamentos ou a falta de notificações automáticas para exames e consultas.
    – Introdução de ferramentas digitais que permitam interações mais eficientes entre utentes e profissionais de saúde.

    C. Adaptação aos Padrões Digitais Atuais:
    – Reconhecimento de que os cidadãos já utilizam soluções digitais diariamente, criando a expectativa de interações semelhantes no âmbito do SNS.

    D. Foco na Transformação e Inovação Digital:
    – Inclusão de serviços dedicados à transformação e inovação digital nos regulamentos internos das Unidades de Saúde Locais (ULS).
    – Liderança por indivíduos conhecedores tanto das instituições de saúde quanto das tecnologias de informação, capazes de identificar desafios e propor soluções inovadoras.

    E. Investigação e Desenvolvimento:
    – Promoção de pesquisa na área da saúde digital e gestão de projetos transformadores que incluam a capacitação digital dos profissionais de saúde.

    F. Integração e Valorização da Tecnologia:
    – Uso de dados e big data para otimizar processos, segurança e qualidade, apoiando a tomada de decisão estratégica.
    – Envolvimento ativo dos profissionais de saúde desde a identificação de necessidades até a implementação de melhorias.

    Entidades envolvidas: ULS, DE-SNS, SPMS e Ministério da Saúde
    Calendarização de aplicação da proposta: a definir

    Dificuldade de concretização:
    técnica: Baixa
    política: Baixa
    custo: Baixo

    Que entidade deverá fazer o acompanhamento da concretização da proposta? DE-SNS

    Proposta por Maurício Alves

    Gostar

Deixe um momento económico para discussão...