É voz comum que os portugueses aderem rapidamente a novas tecnologias. E se envolverem telemóveis melhor ainda. E provavelmente por isso a SIBS e os bancos viram uma boa oportunidade quando criaram o MB Way, uma forma de utilizar o telemóvel para pagamentos e transferências. O site é simples, a publicidade está em vários sítios.
Mas, e há sempre um mas nestas coisas, depois de ultrapassados os vários passos de adesão, se o cliente quiser saber o custo de uma operação com esta nova possibilidade tecnológica encontra uma barreira – não se encontra facilmente essa informação.
No site MB Way tem uma frase em “banquês”: “O download e adesão não têm custos. Para saber todas as condições de utilização, consulte o(s) banco(s) emissor(es) do(s) cartão(pões) que vai usar no serviço.” Ok. Cabe aos bancos estabelecerem os preços. Mas podiam ter aqui os links para os sites dos bancos, para o ponto onde informam os clientes dos custos associados, ou não? Bom, correndo pelos sites de vários bancos (os de maior dimensão) não encontrei no preçário ou na informação referente ao MB Way informação sobre quanto custa fazer um pagamento ou uma transferência. Calculo que a resposta seja que existe uma equivalência entre usar o MB Way e uma qualquer transferência ou pagamento definidos no preçário. Uma busca rápida de internet encontrou um útil video do Jornal de Negócios, aqui, que avisa sobre as comissões mais elevadas aplicadas a este serviço face às alternativas, que têm aparentemente grandes diferenças entre bancos e entre fazer a mesma operação via internet ou nas caixas multibanco (o artigo completo em texto está apenas disponível para assinantes do site).
Procurar o custo de utilizar o serviço é como procurar o Wally, e não encontrei (em 15 min, depois desisti). E duvido que quando quiser usar o serviço seja avisado dos custos envolvidos antes de realizar a operação.
Para criar a confiança num novo serviço, a melhor estratégia será “esconder” o respectivo custo para o consumidor?
24 \24\+00:00 Novembro \24\+00:00 2015 às 09:24
Although it is no economic matter…I did find Wally.
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24 \24\+00:00 Novembro \24\+00:00 2015 às 09:34
Técnicas de Marketing da treta 🙂
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24 \24\+00:00 Novembro \24\+00:00 2015 às 12:36
Pedro
Nada de novo a oeste , norte ou sul. Questões de preços no setor financeiro sao sempre ” chinese wallys”.
Neste caso bancarizadas em smartphone.Uma boa ideia, um bom conceito, uma boa aplicação como muitas outras coisas que a SIBS tem feito ao longo da sua historia; mas o velho modelo de negocio sempre pouco claro a estragar tudo ou o reverso da medalha do modelo portugues ” cooptição ” a baralhar muita da percepção de compra, consumo e fidelização.
Eu tambem me ” inscrevi” e fiz o teu percurso Wally. Tambem desisti.E ainda nao utilizei.
Como sempre a comunicação é forte, os early adpoters avançam mas o resto logo se verá. A marca SIBS aqui peca por exagero. O tema do price peca por falta de rigir e transparencia.Wallisticamente falando.
Gostei do título e do conteúdo. Veremos como reagem os ” donos da bola”.Regulador incluido.
Abraço roxo
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24 \24\+00:00 Novembro \24\+00:00 2015 às 21:08
Desculpe, isto não tem a ver com o seu post mas acabei de ler este artigo e fiquei abismada. Isto é possível???
http://www.dn.pt/portugal/interior/metade-das-familias-portuguesas-nao-fez-tratamentos-medicos-por-falta-de-dinheiro-4899957.html
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25 \25\+00:00 Novembro \25\+00:00 2015 às 09:19
Só vendo como foi feita a análise e lendo o documento de base. Pode haver extrapolação abusiva, ou pode haver enviezamento na amostra obtida (por exemplo, responderem sobretudo as pessoas que se sentiram limitadas, em particular se o inquérito foi enviado para as pessoas responderem em vez de ser presencial), e também do que é considerado como cuidados de saúde necessários. Se conseguir ver o estudo, depois poderei comentar com mais detalhe.
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25 \25\+00:00 Novembro \25\+00:00 2015 às 16:58
Pois, foi a primeira coisa que tentei fazer: ler o estudo. Ontem ainda não estava acessível, mas hoje já está. Não dá para saber como o fizeram (excepto que sim, foi enviado um questionário):
http://www.deco.proteste.pt/saude/nc/noticia/saude-para-ricos-familias-sem-dinheiro-para-consultas-e-tratamentos
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25 \25\+00:00 Novembro \25\+00:00 2015 às 21:48
também vi isso, mas não é muito esclarecedor; o papel dos cuidados de medicina dentária parece ser importante, o que está em linha com outras peças de informação (por exemplo, os inquéritos aos orçamentos familiares, cujos mais recentes são de 2011) e com o EU-SILC (que tem uma pergunta especifica sobre isso). A questão é também saber se as perguntas são sobre se houve pelo menos um episódio de necessidade não satisfeita no ano, ou se todos os episódios de necessidade não tiveram resposta.
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25 \25\+00:00 Novembro \25\+00:00 2015 às 23:00
Obrigada. De facto, não me parece um artigo muito sério. E não consigo deixar de me lembrar que a Deco oferece um “cartão de saúde” aos subscritores das recistas Proteste e Teste Saúde…
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